31 de dez. de 2010

T - O - L - E - R - Â - N - C - I - A

Somos todos IGUAIS mas tratamo-nos como diferentes. Vivemos num mundo de diferenças e divergências que se tratam de esconder mas que persistem. A TOLERÂNCIA é uma palavra pesada para muitos e esses muitos esquecem-se que ela existe e que se pode fazer uso, mas não, alguns optam pelo racismo, pela xenofobia, e pela segregação dos outros quer pela maneira de pensar, quer pela maneira de ser, pela sua nacionalidade, pela sua raça, pela sua orientação sexual, pela sua classe social, por um conjunto de coisas que parecem horrendas e terríveis mas que não o são. O Homem teme aquilo que desconhece ou que lhe é estranho e para tal tenta escondê-lo, retira-lo do caminho, desvia-lo. Errado. A História demonstrou-nos que é impossível, situações como o Holocausto e o Apartheid acabaram, deixaram de existir e o mundo conseguiu renascer das cinzas e enfrentar novas e duras batalhas.

Eu não sou de aqui. E senti muitas vezes o olhar com desdém de muitos, e os comentários e as perguntas maliciosas. Mas eu explico, e faço entender. É difícil ser de um país que não é o nosso, é difícil não sentir os mesmo cheiros e viver com as mesmas pessoas ou o mesmo tipo de pessoas. É difícil pois existem obstáculos, obstáculos difíceis de derrubar, obstáculos que se interpõem no nosso caminho vezes sem conta, e as pessoas não percebem que magoam com as palavras, que nos confundem e que nos amarram. No entanto, eu aprendi e cresci, aprendi a ver com outros olhos, com outra perspectiva e aprendi a compreender as pessoas, coloquei-me no lugar delas e pensei para mim mesmo como seria se outro pessoa fosse eu? Como eu a veria? E depois de fazer isto, não fiquei igual a essas pessoas, fiquei uma pessoa melhor, mais compreensiva e mais tolerante em outros aspectos, aprendi a não julgar as pessoas pela sua classe social ou pela sua maneira de pensar, pois cada vez que dou por mim a tentar fazer um juízo de valor, repenso e olho para a minha história.

Posso não gostar de uma pessoa, pois isso é normal, mas não a julgo e sobretudo respeito.

E é assim, somos todos diferentes, mas lá no fundo somos todos IGUAIS, da mesma TERRA, do mesmo AMOR, da mesma RAIZ.

Sejamos mais tolerantes neste novo ano porque um mundo tolerante é um mundo VIVO.

30 de dez. de 2010

EXCELENTE 2011



Caros alunos,
desejo a TODOS um Excelente 2011, recheado de sucessos pessoais e escolares. Que o Ano Novo vos inspire  e que alcancem todos os vossos objectivos!

29 de dez. de 2010

muda o teu mundo, eu mudei o meu.

Dentro de dias estaremos num novo ano. Ponho-me a pensar em qual será a diferença entre mudar de ano e permanecer no mesmo. Como aluna de História, considero que esta forma de contar o tempo é bastante útil para dividir o Passado em estruturas, conjunturas e épocas. Mas para os comuns mortais que não se interessam minimamente por História (e não são tão poucos como pode parecer), que significado tem a mudança de ano?
A frase que mais se ouve é ano novo, vida nova mas a verdade é que pouca gente faz alguma coisa para que a sua vida mude. Os problemas permanecem, não é por sairmos de casa em 2010 e entrarmos em 2011 que deixamos de ter contas para pagar; não é por sairmos da escola em 2010 com más notas mas termos o desejo que em 2011 o panorama melhore que mal entremos lá em 2011 vamos subir notas. Na vida real, as coisas não acontecem sem uma razão, sem um agente.
A Mudança para ser considerada uma acção humana tem de ter um agente, tem de ser feita com intenção, vontade, racionalidade, liberdade, responsabilidade. São raras as vezes em que deixamos de apregoar uma “vida nova” e nos tornamos agentes da mudança. Eu para mim quero o melhor, quero realizar os meus sonhos, quero aqueles que amo felizes, quero saúde, quero paz, quero também dinheiro – e não tenho problema em admiti-lo -, quero FELICIDADE. O que eu quero para mim, quero para os outros. A diferença é que na minha vida quem manda sou eu, e eu farei todas as mudanças necessárias para que a vida me corra bem. Façam o mesmo!

Haiku

Os Haiku são poemas tradicionais japoneses, que reflectem, principalmente, situações da natureza. Conhecendo esta forma de poemas japonesa, decidi em Contexto expor alguns dos meus preferidos.

Juncos em movimento.


Os cabelos da água


penteados pelo vento.



Uma concha bivalve:



borboleta do mar,



de asas abertas.

Borrão azul

na brancura da página:

o poema.



26 de dez. de 2010

a nossa amiga chuva.

É ao caminhar num dia de chuva por uma estrada que parece não ter fim que sentimos tudo à nossa volta.  É como se mil agulhas perfurassem cada uma das nossas veias. E mais desesperante que o silêncio ensurdecedor que se faz sentir, onde apenas as gotas se fazem ouvir, é ser prisioneiro de uma rotina meticulosamente monótona, incompreensivelmente vivida. São repetidos pensamentos vezes sem fim. Do nada, vem o grito da revolta e percebemos que a nossa vida é tristemente incómoda. E mudámos, mudámos tudo. Porque nenhum tempo foi perdido, tudo será reaproveitado a tornar a vida melhor, ao lutar pela alegria às riscas e com estrelas, corações e arco-íris. Quando perdermos todo o tempo livre a olhar para as nuvens e repararmos nas suas formas engraçadas, quando olhamos para as crianças a brincar e sorrimos para elas, como que aceitando um convite para ser felizes. Aí, já estamos prontos para olhar para o passado, todas as memórias, todas as fotos e todos os textos que como estes foram escritos em alturas importantes, e percebermos, que crescemos ! 

MarianaP

24 de dez. de 2010

UM SANTO E FELIZ NATAL

Neste ConTexto, quero deixar expressos os meus votos sinceros de um Santo , Feliz  e doce Natal para todos os alunos do 10º H e respectivas famílias. Estou muito orgulhosa com o vosso empenho em manter vivo este projecto do blogue da turma.
Que o Deus Menino vos cubra de bençãos...
Deixo aqui um conselho: como prenda de Natal, peçam prendas caras , tão caras e valiosas que nem têm etiquetas, nem preço: saúde, amigos, amor, paz, alegria, felicidade...  ( e há mais!). 
Beijinhos natalícios . 

21 de dez. de 2010

Leitura de Natal

Eu sei que estamos todos (ou a maior parte) muito ocupados com o livro para apresentar já no segundo período, mas mesmo assim, decidi recomendar uns livros que achei interessante. São eles:

-Um Presente Inesperado - Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

-O Suave Milagre - Eça de Queirós

-Um Conto de Natal - Charles Dickens, uma livro que provavelmente alguém já conhece, mas eu gostei imenso.

Espírito Natalício

Adorei mesmo a sugestão da Mariana e também vou partilhar a minha árvore de natal e o meu presépio.
Aqui vai a minha:


Bom Natal (;


Espírito Natalício

Agora é que reparo que a nossa turma dá muito valor ao Natal. Lembrei-me então de lançar um desafio : vamos partilhar o nosso Natal. Assim, convido-vos a fazerem um post com a vossa árvore de Natal e o vosso presépio. Começo por enviar a minha.
Bom Natal !

Lista ao Pai Natal

Já que a Cristina iniciou a sua listinha ao Pai Natal, vou seguir as pisadas dela.
Talvez tenha sorte com o tal senhor gordinho, sempre vestido de vermelho, com aquelas barbas enormes que dá para fazer umas belas tranças. Sempre acompanhado pela sua fiel rena, a mais conhecida o 'Rodolfo' e que anda sempre de transporte privado, o seu trenó.

É pena o Natal ser 'disfarçado' por senhores gordinhos, aves amarelas com estilo a Indiana Jones ou até mesmo por um hipopótamo feminino, rechonchudo e cor-de-rosa, que emita estrelas pop. Será isto realmente o Natal ?
Acho que no século XXI a imagem que fica do Natal é consumismo, consumismo e mais consumismo.
E a solidariedade? Sim, está presente no Natal, e nos outros dias ? Como se as pessoas necessitassem só de ajuda na época natalícia !
Podemos sempre tentar mudar a imagem do Natal, ou até fazer uma árvore, não para chamar atenção devido á sua imagem, mas sim uma árvore de valores ! Os quais só estão presentes, infelizmente nesta quadra...

E para finalizar, pedia apenas um livro para a leitura autónoma de Língua Portuguesa.

já passamos as 1000 visitas !

parabéns a todos os colaboradores que colaboraram para preencher este blog!

já passamos as 1000 visitas!


Feliz Natal !

Feliz Natal !


Estamos de férias por isso têm tempo de ler o meu testamento. 

Ontem estive a escrever a carta para o Pai Natal da minha maninha Beatriz de 3 anos. Ela quer uma trotineta da Kitty. Eu escrevi e depois perguntei-lhe se ela queria mais alguma coisa. Ela disse que não. E eu perguntei-lhe se ela não queria um computador (para crianças, obvio), um carrinho para bonecas e uma boneca, chocolates e um pijama. Ela disse logo que sim toda contente e eu escrevi aquilo. Aquilo que eu lhe disse vai ser as prendas que eu sei que ela vai receber. Ainda faltam prendas mas não sei todas. Já viram ela vai ficar toda contente por receber aquilo que pediu. A alegria dos mais pequeninos contagia-nos a todos, não é!

Também gosto da tarde do dia 24 de tarde lá na cozinha a fazer os doces e eu e a minha irmã a lamber as bacias. Ahahaha (aprendeu comigo).
Todos os anos no Natal passo nos meus avós maternos ou paternos, depende. E sabem como são os avós, fazem” tudo” o que os netos pedem. Então na ceia de Natal as minhas avós costumam fazer as batatas cozidas com bacalhau e para os netos faz uma comida diferente (os avós mimam-nos todos e depois quem nos atura são os pais) ahahah.
Passado o jantar, comemos as sobremesas e á meia-noite se houver crianças na família vamos para a varanda fecham os cortinados e os mais velhos vão buscar as prendas e depois abrimos os presentes todos felizes da vida. Não costumarmos a ir à missa do galo. Ainda bem! E ficamos até de madrugada a jogar ás cartas, ver filmes, etc. No dia seguinte dormimos até tarde…

Sei se sou uma privilegiada por passar o Natal com a família e não faltar as coisas típicas do Natal.

Estamos cada vez mais em crise e de certeza que muitas pessoas vão passar a noite de Natal como os outros dias. E crianças a passar o Natal sem pais, é triste mas temos que levantar a cabeça para enfrentar esta crise, Somos Nós o Futuro do mundo 

BOM NATAL!

19 de dez. de 2010

Falta Pouco

Olá, já viram com está o nosso contador de visitas?? É caso de admiração, todos nos lembramos como começou este blogue, com poucos, mas poucos que fizeram muito. Estas visitas não param de aumentar, isto quer dizer que as pessoas se relacionam com o nosso blogue e se interessam por aquilo que temos postado. Continuemos com o bom trabalho!

David Pampillo

Papinha para o Natal


O Natal é sem dúvida uma altura de grande contentamento para muitos, a convivência com a família e amigos, as canções próprias desta quadra, as tradições natalícias, tudo isto fazem do Natal um das alturas mais esperadas do ano.

Mas para quem é bom garfo e come por prazer, é nesta altura que todos os desejos se concretizam. Todas as famílias portuguesas contam com um doce tradicional, que fará os deleites da família. Normalmente é avó ou a mãe que se interessam pela criação da receita ancestral, mas não só, todos gostam de ajudar, especialmente os mais jovens.

Agora falemos dos mais apetecidos: aletria, sonhos, rabanadas, leite-creme, bombons, pão-de-, bolo-rei, mas especialmente este último. O bolo-rei é algo obrigatório no que diz respeito à quadra, é aquele que se coloca na mesa e muito orgulhoso olha para os seus colegas doces e diz com desdém: “Eu é que tenho a coroa!”

E o velho bacalhau? Ah, esse velho amigo, que acompanha muitas mesas tem que se lhe diga. Diz-se que se come bacalhau na consoada pois este está relacionado com os períodos do jejum do calendário religioso em que é interdito comer carne…Hum essa há quem esqueça, pois o amigo peru que muito contente chega com a pele assada e pronta para ser trinchada, não é da mesma opinião.

Mas para alguns está ou polvo, não, não: o Senhor Polvo, que para além de o incomodarem durante todo o ano ao fazer dele uma entrada, tem uma importante audiência como prato principal do Natal.

E o cabrito, pronto, lá está! O emplastro do costume. Cá para mim ele é o mais invejoso de todos, e se é…Toda a família tem um longo currículo de ementas. A chanfana com a mãe ou com o pai. Assado com os irmãos, e os avós há quem os guise. E até o seu primo borrego, muitas vezes o substitui. Até tenho pena do cabritinho.

Agora falo do meu caso. Eu por exemplo, do país de onde venho não se ouve lá falar muito do Natal, mas a comida não pode faltar! É o grande porco que nos delicia. Não estou a brincar, é mesmo porco. No seu currículo deve constar: grande, peso abundante e adulto. E depois de preenchidos, porquinho para que te quero!

Dito isto, a papinha para o Natal, ou como melhor diz o povo, “o comeri pró Natali” , é algo essencial, mas atenção, não se descuidem, o cinto pode não apertar.

Saudações a todos e Bom Natal.

David Pampillo


18 de dez. de 2010

Benditas Férias.

Paira no ar um cheiro a férias misturado com o aroma natalício, eu própria ainda não os consigo separar muito bem, talvez por estarem tão ‘’intimamente’’ relacionados. Um aroma a descanso,  a despreocupações, a dormir até tarde confundido com os queridos pais natais, com as compras de natal e com aquele cheirinho a canela e a mel, dos doces das avós.  
Este 1º período passou relativamente depressa, parece que ainda foi ontem que deparei com uma nova turma, com pessoas ‘’estranhas’’ e que não as conhecia. Foi um bom inicio de ano lectivo, penso eu…
Muito trabalho e estudo nos espera depois destas merecidas férias.
Bom Natal e próspero Ano Novo a toda a gente !

17 de dez. de 2010

Férias

Tenho a dizer que me cheira a férias. Hoje ainda fomos obrigados a acordar relativamente cedo por causa da Assembleia de Turma, mas acordar para o último dia do ano em que vamos entrar na escola, até que não custa.
Cheira a Natal. Apesar de na nossa escola não dar para ouvir, as músicas de natal que a Câmara Municipal gentilmente nos proporciona já se fazem ouvir um pouco por todo o centro da cidade.
Cheira a consumismo. É difícil andar na rua e não ver pessoas com sacos {cada vez mais pequenos , o Natal não escapa à crise} atarefadas, de loja em loja, à procura do presente ideal.
O que mais me agrada é o cheiro a descanso, um descanso merecido. Isto de ser aluno d Secundário é uma tarefa bastante cansativa!

Boas Férias !

16 de dez. de 2010

Fim do 1º Período

Hoje tivemos as últimas aulas deste ano e deste período.
Por um lado estou aos pulos de alegria, já são férias e posso descansar e preparar-me para o próximo longo e duro 2º período, mas por outro lado eu estou triste. Eu sei, pode parecer estranho mas eu já estou cheia de saudades de estar com os meus amigos, colegas e professores.
Este é o meu pensamento sobre o final deste período, mas como vamos entrar para as férias de natal queria propor a todos que comentem este post com as prendas que vão desejar para este natal. E para começar vou deixar aqui a minha listinha.

Quero o Call of Duty-Black Ops, um livro e ver o concerto dos Muse ao vivo.

Agora é a vossa vez.

Pensamento do Dia

"Estar em paz consigo próprio é o principio exacto para estar em paz com os outros."

Frei Luís de Leão

15 de dez. de 2010

14 de dez. de 2010

Crónica Insónias

Não sei por que temos que dormir. Por que é que ao dormir é que se carregam as energias? Não poderíamos simplesmente ser feitos como os telemóveis? Assim bastava ligarmos um cabo à tomada e já está, bateria cheia.
As noites são tão compridas que infelizmente só passam rápido a dormir. Por isso odeio dormir e tenho a certeza que todas as pessoas que sofrem de Insónias como eu tem o mesmo pensamento.
Para nós as noites são uma longa batalha para arranjar algum entretenimento.
Começamos por ler um livro para tentar cansar os olhos para conseguir adormecer, mas o que acontece mais frequentemente é gostarmos do livro e não conseguirmos larga-lo, por isso aconselho a lerem aquele livro bem grosso chamado "A Bíblia", a não ser que também gostem desse livro, nesse caso abandonem a leitura porque o sono não virá.
Depois, ligamos a televisão e o que está a dar é ou filmes e publicidades para maiores de 18, ou filmes de terror, e, como é claro, sem pensar, escolho o filme de terror. Para minha infelicidade eu adoro esse tipo de filmes assustadores, e para variar fico mais algumas horinhas acordada.
Por isso, em desespero tomo dois comprimidos para adormecer, para assim poder acordar cedo no dia seguinte e ir às aulas.


Cristina Fitas

13 de dez. de 2010

podemos perder quem amámos

«Minha querida Mãe,
               Hoje fui ao grupo de apoio, e a Mary sugeriu que eu te continuasse a escrever, muito embora não me possas ler. Ela disse que isso me faria sentir mais próxima de ti, e que podia ainda haver coisas que gostaria de te dizer.
               Vim a nossa casa para te escrever, e estou sentada à mesa da cozinha. A casa irá ser vendida em breve, mas neste momento posso imaginar que estás deitada no teu quarto, ou que estás a trabalhar e que espero por ti para que me possas falar dos bebés que ajudaste a nascer, ou para que simplesmente me dês um abraço. A pior parte ao regressar a casa foi que procurei de imediato um recado teu na porta do frigorífico, e não havia nenhum. A porta estava branca e vazia. Chorei durante horas.
               Tenho saudades tuas, Mãe. Gostava tanto que ainda estivesses entre nós. Gosto de viver com o Pai, mas queria que ainda estivesses cá. Não compreendo porque tiveste de ser afastada de mim, nem porque adoeceste, nem como morreste tão rapidamente quanto outras mulheres sobrevivem a esta doença a toda a hora. Como é possível que isto tenha acontecido? Como pudeste simplesmente partir? Como me pudeste deixar? É como se estivesse zangada contigo, Mãe. Já viste que parvoíce?
               Lembras-te de quão bonito estava o Outono, como olhávamos pela janela do teu quarto quando pioraste e contemplávamos o céu a pintar-se de amarelos e vermelhos? Tentaste lutar contra isto com tanta força, Mãe. Custa-me tanto que tenha sido tão difícil para ti.
               O Inverno foi longo e frio. Tenho ido à escola, mas a maior parte do tempo sinto-me como se no meio de nevoeiro. A Emma tem sido muito querida, assim como o James, e a Gina tem sido extraordinária, Mãe, nem ias acreditar. Mas eles não são a minha mãe. O Natal foi horrível.
               A Mary tem razão. Sinto-me mesmo melhor por te estar a escrever, apesar de me fazer chorar mais do que chorei nos últimos meses. Ela diz que é natural sentirmo-nos tristes, zangados e confusos. Mas não me parece natural. De maneira nenhuma.
               Suponho que deva acrescentar que o Peter está óptimo. Montei a gaiola dele em casa do Pai, e quando me sento ao pé dele e lhe faço festas recordo-me do Verão e Outono que passámos juntas, a fazer aqueles álbuns de fotografias, a jantar aquelas comidas que a Gina cozinhava, a conhecermo-nos melhor uma à outra. Posso forçar-me a esquecer quão difícil foi para ti o fim, mas nunca me esquecerei do quão forte foste, quão corajosa. Tenho uma fotografia de ti sentada na cadeira de rodas no hospital. Os teus olhos estão tão grandes e bonitos. Pareces surpreendida, Mãe, como se tivesses sido apanhada desprevenida. Sinto que ambas fomos.
               Quem em dera que tivéssemos tido mais tempo, Mãe. Acho que é sobretudo isto que te queria dizer. Quem me dera ter tido mais tempo contigo. Contudo, estou grata pelo tempo que passámos juntas. Muito grata. Quando voltar para casa do Pai, vou olhar para os álbuns e recordar-me de tudo.
               Acho que vou deixar aqui esta carta para ti. Nesta cozinha vazia. Para que saibas, se voltares a casa, que te amo e que sinto muito a tua falta. Por favor, não te preocupes comigo.
               A tua filha,
               Claire»

É este o excerto que nos tocou, que nos fez chorar. Eu própria já li esta carta muitas vezes e em toda elas me emocionei. Que todos aprendamos a valorizar quem nos rodeia, os pais, os avós, os tios. Não devemos ter vergonha de ser vistos na rua com eles, foram eles que criaram condições para sermos quem somos hoje.  Em vez de vergonha, tenhamos orgulho em ter quem nos ama por perto, nunca sabemos quando eles podem partir!

12 de dez. de 2010

Olhando Para Trás

Já nos encontrá-mos na última semana do 1º Período. Até parece mentira como tudo passou tão rápido, foi há quatro meses que reencontramos caras conhecidas e conhecemos pessoas, que com os quais criamos amizades.
É impressionante como três meses passaram tão depressa, ainda me lembro do primeiro dia de aulas, que com algum nervosismo atravessei o portão e avistei de forma indefinida o longo ano que me esperava, e de repente já não parece tão longo, já estamos no Natal.
Bem, creio que todos os nossos colegas e amigos partilham da mesma opinião, com certeza de forma diferente, mas a base é a mesma.

Olhando para trás, acho que no geral foi um bom ano. Estou muito contente com os amigos que fiz e por voltar a ver aqueles que não via há muito tempo.

Desejo um final de 1º Período bom e se não correspondeu as vossas expectativas, não desanimem, ainda falta muito para vir e muito para fazer.
Desejo também também os parabéns ao blogue do 10º I, Das Palavras Ao Texto, por terem alcançado as mil visualizações.

Bom Natal a todos, e não se esqueçam de continuar a postar no nosso blogue.
David Pampillo

7 de dez. de 2010

Sabias que...?

1.Um estudo sobre a indústria da música estima em 40 mil milhões o número de ficheiros de músicas trocados ilegalmente em 2008.

2.Uma pele bronzeada não é um ícone universal de beleza. Enquanto os europeus tendem a apreciar os raios de sol durante os verão e as peles bronzeadas, muitas culturas asiáticas -os japoneses por exemplo acham que a pele clara é mais bonita.

3.Os alimentos que se deitam fora em Itália poderiam acabar coma fome na Etiópia.

4.O olfacto de um cão é 40 vezes superior ao olfacto do Homem.

5.Se se espirra com muita força podemos partir uma costela.


6.Um casal de ratos em 18 meses podem ter mais de 1.000.000 de descendentes.

Seis curiosidades para pensar...

6 de dez. de 2010

Não faz mal chorar


Hoje a minha aula de Português foi emocionante. Tudo começou quando uma colega e amiga, na sua apresentação do contrato de leitura, expôs o livro, “A Vida na Porta do Frigorífico” que conta a história de uma mãe e uma filha que só se comunicavam através de bilhetes que deixavam colados na porta do frigorífico. Tudo desaba quando a mãe descobre que tem cancro da mama. 
Cancro, esta palavra só por si já revela um grande peso emocional, parece que até custa dize-la. Com certeza muitos de nós já perderam entes queridos com essa terrível doença, inclusive eu. Foi verdadeiramente tocante essa história, pelo menos foi para mim. Foi de tal maneira tocante que vieram ao de cima sentimentos abafados ou conservados no silêncio. E isso fez-me pensar durante aquele momento, não faz mal chorar. Não faz mal chorar por aqueles que nós amámos e que já não estão, ou por aqueles que estão mas passam mal. 
Não faz mal chorar por arrependimento, ou por culpa, desde que seja sentido, não faz mal. Chorar não é mais que a tentativa da nossa alma limpar as suas mágoas, é um reconforto agridoce sim, mas liberta-nos. Como disse a professora, se tivermos que chorar, choremos, se tivermos que gritar gritemos, mas não fiquemos com isso dentro.
É por isso que eu digo e penso que devemos amar até ao infinito e mais além, agradeçamos pelo que temos hoje e que nos pode faltar amanhã. Passemos sofrimentos e alegrias com os nossos mais queridos pois assim seremos mais completos. Pensemos neles independentemente de estarem longe ou perto. Beijemos as nossas mães, os nossos filhos cada dia, cada manhã, cada noite e agradeçamos sim, por eles gostarem de nós e por nós gostarmos deles.



David Pampillo