1 de set. de 2011

Memórias de um porta-lápis

Primeiro ponto: começar a desesperar (ou não).
Segundo ponto: sentir o cheiro dos livros, cadernos, etc.
Terceiro ponto: imaginar.
Sim, à primeira vista poderá parecer algo vago, mas não é nada de estranho. Avizinha-se a escola. Este será o nosso último fim-de-semana de férias, e, não quero parecer que estou a dar uma sentença, embora pareça, mas a verdade é que será o tribunal de um pouco das nossas vidas.
Restará lembrar os efémeros dias de férias, guardados no nosso livro de memórias e somente melhorados pelos que se encontram no futuro.
Restará relembrar as marcas que deixamos num lugar qualquer, talvez as saídas ao MaCdonald's, as horas infinitas no PC ou na TV...um sem fim de coisas que fizemos, por fazer.
O relógio já não está tão vazio. A pouco e pouco começará a ficar recheado de horas, minutos e mesmo segundos de trabalho, esforço, estudo e também, sem esquecer, algum divertimento para que não seja tudo tão monótono ou mesmo insuportável.
A rotina estará mais acelerada. Corridas para cá e para lá, descontos de momentos rápidos, intermináveis horas a fixar o professor, a escrever a ler ou a olhar para fora da janela. Assobiar porventura para tentar empatar a informação de nos entrar na cabeça...
As páginas ficaram humedecidas pelo suor dos dedos. Ouviremos o fecho do porta-lápis abrir e fechar mais de uma vez para buscar uma caneta, corrector, borracha e emendar o erro que fizemos no caderno.
E por falar no caderno, sim, esse que levará com tinta e com pinceladas de notas que tomamos para não esquecer nada. Apagões de pensamentos, desenhos dos momentos mais...secantes, aviões de papel, barcos que navegarão pela margem da mesa, até parar. Parar, voltar para casa, jantar, tomar um banho, pensar no que aconteceu, como aconteceu e, principalmente, o que virá a acontecer, no dia seguinte.

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