12 de mar. de 2012

Pronomes Demonstrativos

Aquilo que jaz na partida guarda-se sempre no coração; uma palavra sentida, uma mágoa, sensação.
Aquilo que perde o desejo cria sempre a emoção; deve-se ao amor que forcejo ou a própria razão.
Aquilo que guarda a ternura eleva-se para além do tempo; todo o mal se corrói e o bem que se faz perdura.
Aqueles versos infinitos, que num só grito, fazem alguém pensar: são um momento sublime, uma pedra angular.
Aquela noção de tristeza, que nos ocupa a cabeça, esvai-se em ar de amargura pelos poros à pressa.
Aquela que já se foi, aquele que ainda está aqui, mantêm-se na minha mente como águas que bebi.
Aquela indiferença óbvia de quem não lhe interessa saber, busca por entre os dedos os calos do seu poder.
Aquilo que por fim disse, que alguém ouviu, não gostou lembra a gente perdida confusa de tanta opinião.
Aquilo que então acabo de tecer por entre as mãos, são bocados desnecessários de toda uma convicção.

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