11 de mar. de 2012

Hoje em Dia


   Na semana do Dia da Mulher, era óbvio que tinha de nos fazer uma homenagem. Mas é necessário ir para além do óbvio, do já dito, do clichê. Mas como? Seria fácil, para mim, dizer que este dia pode ser um insulto para as mulheres, uma vez que as torna "diferentes" dos homens num momento em que tanto lutamos pela igualdade; podia ser romântica e dizer que é um dia para as mulheres se sentirem valorizadas.
   Mas nós, mulheres, sabemos como lutar pelos nossos direitos e que todos os dias devem ser dias de valorização pessoal. Como pode uma mulher homenagear-se e homenagear todas as outras sem tocar no lugar comum? 
   Trazendo um grande homem para cá, para nos descrever de forma clara. Fica, então, a dica:

"As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos impossíveis. Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer.''

 Miguel Esteves Cardoso.


2 comentários:

silviafreitas. disse...

Somos raparigas do norte e ponto :D

Cristina Fitas disse...

Viva as mulheres do Norte carago, que têm sempre a colher de pau para bater em alguém que as desrespeite