24 de fev. de 2012

Há corpos necessitados


Há corpos que precisam de sangue.
Há corpos que precisam de vida.
Há corpos que se esmeram bastante
Para inventarem uma mentira.

Há corpos indiferentes
Que andam por entre a gente
Com ares de enjoado.
Andam por aí estupefactos,
Com o olhar embasbacado
E a imitarem os nossos passos.

Há corpos incessantes de guerra.
Há corpos que levantam incerteza.
Há corpos de infinita maldade
Que elevam a nossa existência
À maior das deficiências.

Há corpos infelizes de crueldade
Que não conhecem outra realidade
Que não seja evocar azares
Nos outros ou noutra natureza.

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