4 de fev. de 2012

12/12/2011

Sempre que estou assim, quando tudo corre mal, quando existe uma fraqueza, ou algo que me incomoda, escrevo. Não há nada que queira mais hoje que escrever, por isso escrevo para ti, eu sei que me ouves.
Não sabia o que te dizer da última vez que te escrevi, quando tudo estava mal mas agora vejo que não era tão mau assim e se pudesse voltar atrás um dia, faria de tudo para que isso pudesse acontecer. Já sinto a tua falta. Faço planos para ir passar contigo o natal e te ver a cozinhar, ver a casa cheia de prendas e de pessoas e passar este aniversário contigo. Sabes uma coisa? Dava a minha vida por ti, agora mesmo. Tudo é banal, enquanto penso em ti, e não percebo como tudo isto, esta doença, que parecia acontecer tão lentamente, te tirou de nos com tanta rapidez. És uma lutadora, eras. Agora quem luta sou eu, contra coração apertado, contra a minha vontade de gritar, de chorar. Eu não acredito, não acredito que te perdemos assim.
Eu sei que a vida é inconstante, tal como a morte, e apesar de serem opostos totais, chega o dia em que se cruzam. E tal como dizem, a vida são dois dias e fico feliz por saber que tive a tua presença na minha. Nunca me vou esquecer de ti, e como te disse antes, vou ser forte, afinal tenho-te a ti como meu exemplo e ninguém sabe o que é lutar melhor do que tu.
Faltam-me as palavras. Estão presas, sufocadas, por isso só me resta dizer-te que vais estar sempre presente comigo e que vou, vou lembrar-te sempre.

3 comentários:

Mariana disse...

As palavras escritas são o nosso refúgio quando, por muito que tentemos, o que precisamos de dizer fica preso entre um sufoco e lágrimas. Não há palavras alguma que alguém te possa dizer ou escrever, que te livre dessa dor. Clichés há muitos, mas alguns são verdadeiros, daí o seu uso tão recorrente. Dizer que com o passar do tempo vais ficar melhor pode parecer estranho, ainda por cima quando ainda passou pouco tempo e as saudades já são imensas, mas acredita que o tempo ajuda-nos a meter as mágoas em caixinhas ... Escreve princesa, escreve com o coração, para que esse turbilhão de emoções, nem sempre boas, saia de ti aos poucos e fiques leve. Com um sorriso tímido e um olhar brilhante de quem ainda tem uma vida pela frente.

Anônimo disse...

A parte das nossas "desavenças", das nossas "bocas", das nossas brincadeiras poderás saber que gosto muito de ti ;) É nestas alturas que podemos dizer como é bom ter um lugar onde nos possamos mostrar mais vulneráveis do que de costume sem medo a ser falado, sem medo a ser criticado, a ser julgado. E como é bom ter este canto, onde podemos desabafar? Quantas vezes não o fiz eu próprio...Rita não te esqueças de algo importante, sempre que pensarmos numa pessoa que amamos, sempre estaremos com ela e ela estará connosco.
Não resta mais nada a dizer, faço minhas as palavras da Xana ;)

PS.: resta sim algo a dizer, escreves lindamente :D

João Pedro disse...

Ritinha eu não posso dizer que sei o qual é a tua dor, nunca perdi alguém realmente importante para mim. Mas sei que quem perdeste teve mesmo sorte, pois foi amada por ti! Dói muito e pelo que dizem é uma dor eterna, que nunca acaba, mas que atenua, e tu és forte eu sei. :)