20 de jul. de 2011

Crónica do Tempo

Uma coisa engraçada é o tempo. Sim. Podemos dizer isso. É incrível como pode existir algo há tanto...tempo. Acompanha-nos sempre e poucas vezes dele se fala. Está no nosso quotidiano, no nosso dia-a-dia, esteve ontem, está hoje e estará amanhã.
Pronto. Está ali, calado simplesmente calado. Está sempre a andar mas só isso ele faz. Não lhe colocamos perguntas porque ele não as responde. Não lhe fazemos interjeições porque ele fica impávido e sereno. Não o podemos amarrar com uma corda porque ele foge. Não o podemos guardar num frasco e torná-lo só nosso porque ele se desvanece. Da mesma forma que a areia que ele carrega no seu relógio se desvanece pelos nossos dedos, ele é assim, fugaz. Não o podemos chamar, porque ele por nós passa indiferente. Apenas dele sabemos que é mais velho do que nós, mais velho ainda do que os nossos avós e até do que os nossos bisavós. Não há idade, era ou ano que ele desconheça, o tempo é a maior testemunha.
Ele já viu muita coisa acontecer: as grandes guerras, as grandes depressões, o nascimento do fogo, todas as aparições, a vida, o ser e inclusive o humano. Ele ainda por aqui está, não está? Há quem o tente estudar com a cronologia. Mas como se estuda algo que não vemos, que não ouvimos, que não tocamos? Ah, mas a resposta é porque nós o sentimos, por isso se sabe que ele existe, que ele está lá.
Diz-se que com ele tudo se cura, as coisas se esquecem, tudo se guarda e tudo desaparece. Como será o tempo? Um velho de semblante caído, de barbas longas ou um armário cheio de incontáveis gavetas onde se encontram todas as memórias, as visões, os momentos, algum acontecimento?
O tempo é ouro, costuma-se dizer. Saber ocupá-lo é muitas vezes uma tarefa impossível. Voltar atrás no tempo, pará-lo, avançar com ele...quem me dera.
Tempo para tantas coisas, tempo para divertir-se para sonhar, para fechar-se num canto e simplesmente pensar. Há com certeza um tempo para nascer, um tempo para viver e inevitavelmente um tempo para morrer.
Por isso aproveitemo-lo bem, porque haverão alturas em que diremos: " Como gostava de ter só mais um bocadinho de tempo."

2 comentários:

Susana Pinto disse...

muito giro.... a mim ensinaram-me um coisa na primária sobre o tempo:
O TEMPO PERGUNTOU AO TEMPO QUANTO TEMPO O TEMPO TEM. o TEMPO RESPONDEU AO TEMPO QUE O TEMPO TEM TANTO TEMPO QUANTO O TEMPO O TEMPO TEM...

XD

Anônimo disse...

pois, também sabia essa ahahahah ;D