11 de mai. de 2011

e por cá...nós também

Se explicar que a demora pesa e se voltar atrás com essas mesmas palavras alguém ficaria zangado? Se me empenhar na construção de uma frase que inclua tudo o que passámos ficarias mais feliz? E se mostrar ao mundo os numerosos encontros que encontrados encontrámos acharias pena? E se respondesse que sim magoar-me-ias? Dizer-me-ias que a modéstia a que recorremos seria vã e nula?
E por cá, todo um conjunto de esperas ficariam, números incontáveis restariam e nós também. Não há mais que dizer, palavras só alarmam e espantam. E nos lembraríamos de ti com aquela cara triste e aqueles passos amedrontados e aqueles seres vazios que vigiavam a tua essência e aquelas armas fortes com que batalhaste e aqueles muitos aqueles.
E por cá, muito firme esse castelo de cartas se apoiaria e essas escolas de amanhã que nos ensinam coisas de hoje repousariam, mais uma vez, vãs e nulas. Mas não. Mas não nos concentremos nisso, nessas pequenas palavras redondas, cíclicas e repetidas. Vamos escutar algo mais bonito, sim? Algo que sirva para nós como uma ferramenta, ok? Não tens que responder já. Pensa.
E sim, por cá, todos nós alguma vez chorámos, por cá, todos nós alguma vez respondemos a perguntas muitas vezes sem resposta, ou melhor, inventámos. E por cá...nós também ficámos. Com muito amor e com muito abrigo.

7 comentários:

Natália Granja disse...

"por cá, todos nós alguma vez respondemos a perguntas muitas vezes sem resposta (...)" meeesmo :)
Gostei *

Anônimo disse...

Ainda bem :b

beatrizpereira disse...

adoro.

Anônimo disse...

fico contente ;)

Cristina Fitas disse...

Por cá vivem-se histórias de vida.
Adorei David.

Anônimo disse...

obrigado Cristina, e é engraçado porque estas duas últimas postagens que eu coloquei tinham mais comentários e assim sem mais nem menos desapareceram :/

Cristina Fitas disse...

que estranho. Eu por acaso só vim hoje, mas agora já tenho tempo para vir mais vezes (: