15 de fev. de 2011

Barcelos, 24 Novembro 2010


M.,

Começo por dizer que isto, não é apenas só mais uma carta de amor, é a ultima que irás receber de mim.
Tenho que te dizer que toda a tua falta de atenção, toda a tua falta de carinho e todo o amor que adiavas para “mais logo”, resultou. Aqui tens a minha desistência, de ti e de nós se um dia o fomos.
Devo-te dizer que a minha frieza enquanto te digo isto se deve ao facto de gostar mais de mim do que de ti. Não consigo mais revirar as noites, os dias, só por não te poder ver, falar ou tocar, não consigo lutar, perdi toda a capacidade que tinha para continuar a sofrer, por isso agora é indiferente, e eu sei que isso também não consegues suportar mais.
Sei que em breve me irei apaixonar, sei que tenho uma vida por viver, sei que tenho o mundo todo a minha espera, mas só gostava de te ter a ti e aos teus abraços depois de um longo dia, os teus beijos ao acordar e o teu olhar que era apenas meu. Mas nós perdemos essa magia, perdemos a magia do nosso amor, perdemos as longas caminhadas a chuva, e como eu amava a chuva, só pelo simples facto de que quando ela aparecia, tu aparecias também.
O rancor que sentia por ti desapareceu tão repentino como tudo o resto, finalmente percebi que és demasiado fraco para mim, ou talvez eu seja demasiado determinada para ti e apesar dos opostos se atraírem, acredito que atracção não basta, eu procuro amor.
Espero sinceramente que sejas feliz e que dês a outra pessoa aquilo que me deste a mim, eu sei que ainda tens muito para dar e irás dá-lo mais facilmente do que eu. A tua ingenuidade é a coisa que mais amo em ti, porque mesmo (eu) não acreditando no amor, tu fizeste com que ele fosse a minha busca diária e contigo encontrei. Acredito que tínhamos muitos defeitos, sendo quase todos da minha parte, mas tu não te importavas, julgavas tudo uma virtude, e assim, sem percebermos, ficávamos completos. Agora sou incompleta, mas acredito que seja no bom sentido, preciso de encontrar o meu mundo, no qual sou dona, juiz e segurança e deste meu mundo te expulso e renego, mas não penses que te esquecerei, porque sei bem que sempre que passares, eu vou relembrar a nossa história e vou conta-la vezes e vezes sem conta, mas por agora não. Peço-te que não me procures, nem sequer me respondas a tudo isto, não precisamos mais de revirar uma questão já revirada.
Por último, digo-te que és e serás o homem da minha vida e quem melhor me conhece e acredito que serás sempre, o amor da minha vida.



Com amor,
Rita Pimenta




Ana Rita Lopes Pimenta 10h

4 comentários:

Mariana disse...

esta carta está fantástica rita !
sim, porque o amor nem sempre correu bem, e é preciso ser forte para "desistir" dele.
parabéns (:

Anônimo disse...

obrigada Mariana, fico muito feliz por teres gostado :)
Rita*

Mariana disse...

de nada rita (:
agora fico à espera que voltes a postar qualquer coisa :p

João Pedro disse...

já conseguiu meio valor para a média final ahah