19 de dez. de 2010

Papinha para o Natal


O Natal é sem dúvida uma altura de grande contentamento para muitos, a convivência com a família e amigos, as canções próprias desta quadra, as tradições natalícias, tudo isto fazem do Natal um das alturas mais esperadas do ano.

Mas para quem é bom garfo e come por prazer, é nesta altura que todos os desejos se concretizam. Todas as famílias portuguesas contam com um doce tradicional, que fará os deleites da família. Normalmente é avó ou a mãe que se interessam pela criação da receita ancestral, mas não só, todos gostam de ajudar, especialmente os mais jovens.

Agora falemos dos mais apetecidos: aletria, sonhos, rabanadas, leite-creme, bombons, pão-de-, bolo-rei, mas especialmente este último. O bolo-rei é algo obrigatório no que diz respeito à quadra, é aquele que se coloca na mesa e muito orgulhoso olha para os seus colegas doces e diz com desdém: “Eu é que tenho a coroa!”

E o velho bacalhau? Ah, esse velho amigo, que acompanha muitas mesas tem que se lhe diga. Diz-se que se come bacalhau na consoada pois este está relacionado com os períodos do jejum do calendário religioso em que é interdito comer carne…Hum essa há quem esqueça, pois o amigo peru que muito contente chega com a pele assada e pronta para ser trinchada, não é da mesma opinião.

Mas para alguns está ou polvo, não, não: o Senhor Polvo, que para além de o incomodarem durante todo o ano ao fazer dele uma entrada, tem uma importante audiência como prato principal do Natal.

E o cabrito, pronto, lá está! O emplastro do costume. Cá para mim ele é o mais invejoso de todos, e se é…Toda a família tem um longo currículo de ementas. A chanfana com a mãe ou com o pai. Assado com os irmãos, e os avós há quem os guise. E até o seu primo borrego, muitas vezes o substitui. Até tenho pena do cabritinho.

Agora falo do meu caso. Eu por exemplo, do país de onde venho não se ouve lá falar muito do Natal, mas a comida não pode faltar! É o grande porco que nos delicia. Não estou a brincar, é mesmo porco. No seu currículo deve constar: grande, peso abundante e adulto. E depois de preenchidos, porquinho para que te quero!

Dito isto, a papinha para o Natal, ou como melhor diz o povo, “o comeri pró Natali” , é algo essencial, mas atenção, não se descuidem, o cinto pode não apertar.

Saudações a todos e Bom Natal.

David Pampillo


5 comentários:

Cristina Fitas disse...

De falares de tanta comida até já me deixaste com água na boca, mas como dizes também à que fazer cuidado com a linha. BOM NATAL PARA TODOS.

silviafreitas. disse...

Que delicia :D
Essa do porco não sabia, ai eu era feliz se come-se porco na consoada.
Bom natal David.

Anônimo disse...

Obrigado e igualmente.

Susana Pinto disse...

eu gosto do pão-de-ló. detesto bolo rei.(minha opnião)

eu nao sabia que no natal nao se devia comer carne por causa do jejum. pensava que era só na pascoa. mas obrigada pela informação.

Bom Natal!

Anônimo disse...

De nada, por acaso também fiquei supreendido, mas há gente que nao segue essa norma.
Já agora, também adoro pão-de-ló!!!! embora goste do bolo-rei, para mim o pão-de-ló é soberano!!! ahahaha :D