Perdidos na nossa inocência.
Quantas marcas já deixámos,
Sem saber porquê, sem certeza.
E se perdêssemos tudo
Num momento de descuido,
Haverá alguém para nos tirar do escuro?
Para nos levar a porto seguro?
Enganemos a realidade então,
Coloquemo-la numa molduraPouco firme, pouco segura.
Se cair? Que se parta.
Se a roubarem? Não importa.
Se a deixarem, se desmorona.
Ainda assim, fica suspensa.
Uma realidade perversa,
Retorcida, pouco fiel, desonesta.
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